


A Marvel ficou um bom tempo sem lançar material digno de X-Men, talvez uns 10 anos (com exceção para a fase escrita por Grant Morrison), mas há cerca de um ano saiu uma série que eu realmente gostei, chamada “Complexo de Messias”. Na contramão das chatices que dominaram as páginas de todas as revistas mutantes nos últimos anos, esta série teve um roteiro sério, com direito a traições, mortes e viagens no tempo. A estória começa com o nascimento de um mutante, o primeiro depois de anos de quase extinção do gene mutante (resultado da baboseira “Dinastia M”, quando a Feiticeira Escarlate tem uma TPM braba e tenta acabar com todos os mutantes). Enxergando a salvação para a espécie mutante, os X-Men vão atrás desta criança, mas descobrem que tem muito mais gente querendo pegá-la. A partir de então, desenvolve-se uma estória dinâmica, cheia de reviravoltas e revelações surpreendentes, o que por muito tempo faltou nas revistas X.
Passei anos lendo as estórias dos grupos mutantes displicentemente, sem nenhuma expectativa (obviamente de graça, eu não gastaria um tostão com isso), mas “Complexo de Messias” me surpreendeu. Agora, a Panini está lançando esta saga, iniciando na revista X-Men 85, neste mês. Se você tem grana e quer gastá-la (R$ 7,50 cada revista), e não acha que o monopólio da Panini é nocivo para a situação calamitosa dos quadrinho no Brasil, sinta-se à vontade para entrar numa banca e aproveitar esta boa estória dos X-Men, pois provavelmente só será lançada uma igual daqui a alguns anos; se você não se encaixa no perfil acima mas quer ler o “Complexo de Messias”, pegue emprestado de uns amigos, em inglês ou espanhol, e divirta-se.
Nota: A Marvel já divulgou que uma continuação da série está a caminho, e se chamará "Messiah War" (mais uma guerra...). Ontem foi publicada uma entrevista no Newsarama com o roteirista Chris Yost falando sobre a nova série, mas para quem ainda não leu Coplexo de Messias, cuidado, é cheia de spoilers.
Nenhum comentário:
Postar um comentário